sábado, 8 de agosto de 2015

A caçada

Numa caçada pelo interior de Martinho Campos (lá pras bandas do Riacho do Barro), um homem bem-vestido de "Belzonte" mira e derruba um pato selvagem. Mas a ave cai no terreno do  sítio do Geriowaldo (o herói da Badia), e o matuto diz que é dele.
- O pato é meu - protesta o cidadão bem vestido.
Como ninguém cede, o Geriowaldo sugere resolver o problema à moda antiga:
- Com o pontapé caipira.
- O quê?
- Eu lhe dou um chute bem forte na virilha, depois você faz o mesmo comigo. Quem de nós dois gritar menos leva o pato.
O homem bem-vestido concorda. Então o Geriowaldo se prepara e dá um pontapé daqueles nas “partes íntimas” do outro, que cai no chão e fica ali por uns vinte minutos. Quando consegue se levantar, diz, ofegante:
- Agora é minha vez.
- Nada disso - protesta o Geriowaldo, se afastando. - Você pode ficar com o pato.

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