sábado, 17 de março de 2012

Final de semana nostálgico!


Se perguntarmos para algumas crianças do que elas costumam e gostam de brincar, com certeza 99,9% vão responder que se divertem jogando no computador, no video-game e assistindo TV. Muitas pessoas dizem que tanto as brincadeiras quanto os brinquedos evoluíram. Mas, há quem discorde dessa afirmação.
Em pleno século XXI, a maioria das nossas crianças, martinhocampenses,  desconhecem, na prática, o real 
significado do que vem a ser brincar. Uma palavra tão pequena e ao mesmo tempo tão 
grandiosa para quem teve a oportunidade de se deliciar com brincadeiras simples, 
mas prazerosas. Realmente, as brincadeiras sofreram mutações, mas a essência de ser criança permanece. A infância passa rapidamente. E só nos cabe recordar essa época tão fascinante. Quando falamos em infância, o que vêm à sua memória? Você já parou para pensar o que as crianças de hoje vão ter para lembrar?
Vamos voltar um pouquinho no tempo... que menina, ou menino nunca brincou de pique esconde? Há alguns anos, isso era uma febre. E pular amarelinha? Quantas vezes íamos e voltávamos pulando aqueles quadrinhos que nós mesmas rabiscávamos, utilizando pedaços de tijolos, nas portas de nossas casas, pracinhas etc? 
E pular corda, então?! Era uma delícia juntar os amiguinhos e ficar batendo, cantando e 
pulando até cansar.
Não podemos esquecer do bambolê, que era rodado na cintura até perder forças e cair. Algumas meninas conseguiam passá-lo por todo o corpo sem parar de rodar e nem deixar cair!
Enquanto isso, os meninos faziam a festa soltando pipas coloridas que enfeitavam o céu, principalmente no período de férias. Além disso, bolinhas de gude, jogos de botões, "Playmobil", "Comandos em ação", Atari e Pac-Man faziam a alegria da meninada anos atrás.  Sem falar dos mais variados tipos de carrinhos. E as bicicletas? Nossa, a gente contava os dias para chegar o final de semana e podermos sair para pedalar em algum lugar legal na Badia.
E quem é que nunca jogou dama - não vale pela internet -, ou fez bolinhas de sabão com canudo de mamona e sabão em pó?! Era divertido demais soltar as bolinhas e acompanhá-las até estourarem no ar!

Quem nunca brincou de "Ferrorama" ou "Jogo do Cai não cai"? Quantas tardes passamos jogando por horas a fio "Banco Imobiliário", "Genius", "Jogo da vida", "War", "Pula Pirata" e "Cara a Cara"?
Nem víamos as horas passarem enquanto nos divertíamos brincando de:  esconde-esconde, pega-pega, cabra-cega, telefone sem fio, passa anel, boca de forno, estátua, dança da cadeira, detetive, adedonha, queimada e rouba a bandeira. E a famosa brincadeira cai no poço - era pra ser cheia de malícia, mas a gente se esbaldava com muita inocência. Quantas boas lembranças de um tempo dourado! Haja fôlego para as crianças da “Badia, Bitira e Berte Izaque, além do Beirute!”
Hoje, as crianças nem sabem que brincadeiras são essas citadas anteriormente. Talvez nem se interessem. Ou não sejam estimuladas a se interessarem. É muito mais conveniente, e muito mais sem graça também, deixar uma criança se entreter com jogos eletrônicos do que ensiná-la brincadeiras simples, mas sadias, como as que aprendemos com os nossos pais há alguns anos.
Hoje, as crianças estão muito mais preocupadas em se adequar as novas tecnologias e não vêem que vivendo no mundo "virtual" em que se situam estão perdendo a melhor fase de suas vidas. Parece que nem mesmo os pais têm consciência disso. Acham que dando tudo do bom e do melhor, em termos de equipamentos eletroeletrônicos estão fazendo seus filhos mais felizes, mas não percebem que o que realmente traz felicidade é vivenciar cada época de nossas vidas, sem pular etapas. Crianças mais felizes, consequentemente, se tornam adultos mais felizes. Nós, sim soubemos aproveitar. Éramos inocentes, simplesmente crianças. Vivíamos bem distantes da corrupção, de adulteração disso ou daquilo, de mensalão, de violência, de crueldade, etc. Apesar das críticas, não há o que reclamar. Tivemos uma infância feliz!!
Cai no poço
Hoje, vamos lembrar de uma brincadeira, não muito antiga, mas não muito conhecida pelas gerações atuais. Chamava-se "CAÍ NO POÇO". Essa brincadeira fazia a cabeça da garotada entre 12 e 15 anos e era uma brincadeira mista, de ambos os sexos. Era executada da seguinte maneira: o grupo ficava sentado (ou em pé) em linha e tiravam dois integrantes. Um tinha os olhos vendados e o outro o "guiava". O menino (ou menina) que tinha os olhos vendados deveria escolher um, entre o grupo, que o substituiria. Quem estava "guiando", tinha a função de apontar os integrantes do grupo perguntando ao que estava de olhos vendados: é esse? é esse? ... Quando a pessoa de olhos vendados dizia "é" então o guia perguntava: PERA, UVA, MAÇÃ OU SALADA MISTA? Então ele daria na pessoa escolhida, um aperto de mão se dissesse PERA, um abraço se dissesse UVA, um beijo no rosto se dissesse MAÇÂ e um beijo na boca se dissesse SALADA MISTA. A pessoa escolhida tinha os olhos vendados e então recomeçava a brincadeira. Essa brincadeira foi sensação na década de 90 e era uma forma que a garotada achava para se paquerar. Além do mais aconteciam situações bastante engraçadas, por exemplo, quando um menino escolhia outro e pedia SALADA MISTA.
(texto adaptado por Ita)

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