Em 1940, o México realizou o I Congresso
Indigenista, em que iriam ser discutidos assuntos referentes à qualidade de
vida dos índios.
Os próprios Índios também foram convidados a
participar do Congresso, mas como estavam acostumados a serem desrespeitados,
preferiram não participar.
Mas após alguns
dias, os Índios entraram em um acordo e decidiram que iriam participar do
Congresso, já que lá seriam discutidos problemas que dizem respeito a eles.
A data em que foi
tomada esta decisão tão importante era 19 de abril de 1940, por isso este dia
se tornou o dia do Índio.
Em 1943, Getúlio
Vargas, que era o atual presidente do Brasil, decretou que todo dia “19 de
abril” seria comemorado o dia do Índio no Brasil.
Em Martinho Campos temos a aldeia indígena Caxixó
ou Kaxixó como representante da raça indígena.
“Kaxixó significa pedra, que é a
Nossa Senhora da Lapa. Na lei branca de vocês, chama caverna“(Zezinho Kaxixó)
O Capão do Zezinho, principal concentração do grupo, se localiza
no município de Martinho Campos, na margem esquerda do Rio Pará, região
centro-oeste de Minas Gerais, a 15 km do povoado de Ibitira, que por sua vez
dista 180 km de Belo Horizonte. Capão do Zezinho é um pequeno vilarejo, com
muitas árvores frutíferas e casas de alvenaria, água encanada e energia
elétrica. Ao centro há um templo católico, ao lado da casa de ritual e do
rancho de festas, ambos cobertos de capim e sem paredes. O primeiro é destinado
às suas danças tradicionais e missas, enquanto o segundo é destinado aos
festejos e comemorações. Neste vilarejo têm ainda um edifício onde funciona uma
escola.
Na cosmovisão kaxixó, duas entidades são centrais. Uma delas é
Jacy, a quem atribuem as qualidades de Deus. A este, faz oposição o terrível
Angüera, associado ao Diabo. Tanto Jacy como Angüera são designações
recorrentes em povos Tupi, sendo Jacy o nome dado à Lua (divindade geralmente
vinculada ao irmão gêmeo Sol), e Angüera um espírito usualmente vinculado aos
mortos e à animalidade, representando perigo aos vivos.
A principal dança dos Kaxixós é a chamada Dança do Jacaré, em que
duas fileiras de mesmo número de pessoas se formam de um lado e de outro, como
descreve o senhor Djalma: “Então eles ficam de longe, só que num é igual
Xavante, que fica de lado. Aí, eles cantam o Jacaré e quando fala, cá,
‘jacaré’, e eles falam, ‘a lagoa secou e você teve que voltar’, aí os de lá vêm
e se encontram no meio, e eles dão uma volta e os de cá passam pra lá, e os de
lá passam pra cá.
Como o território atual é pequeno e descontínuo, sendo
insuficiente para o abastecimento de todo o grupo, a maior parte dos Kaxixós
são empregados de fazendas vizinhas, principalmente como vaqueiros e roceiros.
Entretanto, mesmo com a insuficiência territorial, alguns praticam a
agricultura familiar de subsistência, cultivando principalmente feijão, arroz,
milho, algodão, mandioca, cará e amendoim. Criam também animais de pequeno
porte, como porcos e galinhas.
Algumas famílias praticam a pesca no Rio Pará como principal fonte
de subsistência, mas dispõem de pouquíssimos equipamentos, principalmente
geladeiras, o que dificulta a venda de peixes no mercado regional. Há famílias
que se valem da aposentadoria dos mais idosos. Outra fonte de sustento tem sido
o artesanato. Neste aspecto desenvolvem algo que não se verifica em outros
grupos indígenas de Minas, que é a fabricação de peças de barro, como pequenos
potes, geralmente enfeitadas com penas."
(texto adaptado da net)
Piada do Geriowaldo
Dois índios Kaxixós e o nosso amigo Geriowaldo, à beira do Rio Pará, pescando uns piaus, numa noite de lua, encostados nas pedras, olhavam o infinito, enquanto tomavam uma ligurita.
Depois de horas de silêncio, um deles fala:
— Vou comprar a General Motors, a Volkswagem, a Ford, a Fiat, a Mercedes Benz, a Toyota, e ser o maior industrial do ramo de automóveis do mundo...
Silêncio quase total, só quebrado pelo barulho do vento nas folhas das
árvores. O segundo índio, depois de algum tempo diz:
— Pois eu vou comprar o Banco Central dos Estados Unidos, o Banco Central da Inglaterra, o Banco Central da Alemanha, o Banco Central do Brasil, o da Bolívia, todos os grandes bancos e vou ser o maior banqueiro do mundo.
Depois de uns trinta segundos o Geriowaldo, que nada tinha falado, afirma categórico:
— Não adianta... Eu não vendo!
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