quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cachorrada



 O cão é um mamífero da família dos canídeos, assim como o lobo, um dos mais temidos animais do mundo, tendo apenas 1% de diferença entre o DNA do lobo e do cão. Porém, o relacionamento do homem com estes dois seres vivos é muito diferente: os lobos estão ameaçados de extinção pelo abate ilegal e diminuição do seu habitat, já os cães aumentam sua população acompanhando a população do homem.
Mas quantos cachorros tem na Badia? Cem, mil, um milhão? Parece-me que é uma infinidade. Bom para o Pet Shop que, com essa demanda, ganha um dinheiro a mais.
O melhor amigo do homem tem muitos representantes aqui na Badia. Temos  Pitt Bull, Americano, Dálmata, Pequinês, Boxer, Poodle, etc, mas a maioria é de vira-latas.
Alguns causam transtornos pois dormem em qualquer lugar, outros tumultuam as ruas, causando incidentes. Muitos têm donos e são mimados, outros porém são órfãos e vivem vagando pela grande Badia.
De várias praças, de vários nomes: Totó, Tupi, Leão, Lobo, Tiu, Titiu, Bexiga....etc.
Há cachorros para ninguém botar defeitos. Mas, persiste a indagação: quantos cachorros existem no mundo? E na Badia?

Causo do cachorro

O Geriowaldo deu um cachorrinho de presente para o Waldim, no dia de seu aniversário. O animal era pequenininho que dava dó. Mas era bonitinho.
Waldim pôs o nome Tico no cão. Justamente por ele paracer um Ticozinho. O tico cresceu e dava muitas alegrias à família do Waldim.
Porém ocorreu que o tico começou a adoecer depois de comer uma abóbora perdida. É! o animalzinho ficava solto de tudo só podia dar nisso né?
Chamaram o pessoal aqui da Casa do Fazendeiro e foi constatado que o cãozinho estava ficando louco, tinha raiva e tava todo doidão.
O veterinário aplicou um remédio brabo e disse ao Geriowaldo. “Olha, deixa o cão amarrado esta noite, sem comida. Se amanhã ele ainda estiver vivo vai agüentar por mais uns três anos. Porém pode ser que o remédio não valha e ele morra ainda esta noite.”
Assim feito, Geriowaldo pediu ao Waldim que amarrasse o Tico num pequeno pé de mamão que estava crescendo próximo ao curral do sítio.
Caiu a noite e o cãozinho, com fome, começou a morder o pé de mamão até não agüentar mais e passar desta pra melhor.
Foi uma tristeza só lá na casa do Waldim. Fizeram enterro para o Tico (enterraram do lado do pé de mamão), celebraram um culto e encomendaram a alma do Tico para o céu dos cachorros.
Um fato, porém, veio mudar o dia-a-dia da família do Geriowaldo. Passados dois anos da morte do Tico, o pé de mamão  já grande, floresceu e começou a dar frutos. Entretanto, além de dar mamão a árvore deu uva, mexerica, Araticum, Banana e abacate.
Isso mesmo pessoal. O pé de mamão também tinha ficado doido!

Nenhum comentário:

Postar um comentário