segunda-feira, 18 de junho de 2012

Exemplo a ser seguido

Bom exemplo na vizinha cidade de Bom Despacho deveria inspirar nossos professores a buscar melhoria de vida para nossos educandos, principalmente na questão ambiental. Veja na íntegra o bom trabalho da colega Marilene.

“Se cada cidade cuidar do seu rio, já está bom demais”, diz Marilene Araújo Couto, professora de língua portuguesa na Escola Estadual Professor Wilson Lopes Couto, em Bom Despacho, município de 50 mil habitantes do centro-oeste mineiro. Percebendo que as novas gerações não conseguiam perceber a influência do rio Capivari, que atravessa e abastece o município, em seu cotidiano, ela fez uma pesquisa com os alunos do sexto ano, com idade média de 11 anos. A suspeita se confirmou e a maioria dos quase 100 estudantes afirmou não enxergar ligação entre as questões ambientais e sua vida. 

Com o objetivo de resgatar essa ligação, há muitos anos ela trabalha coletando causos, inicialmente com moradores da beira do Rio São Francisco, e depois no Rio Capivari, promovendo oficinas de conscientização. Mas a professora decidiu, inicialmente sozinha, ir além e promover a recuperação de pontos críticos do Rio Capivari, por meio da revitalização da mata ciliar – reduzindo a sedimentação e o efeito das enxurradas que prejudicam a qualidade da água. “A bacia enfrenta riscos, como a redução da lâmina d'água e o aumento do assoreamento, mas ainda não existem estudos específicos”, explica.

Ela buscou apoio e, com ajuda da Polícia Ambiental, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), da Emater-MG VERdeMINAS Bambuí, do Grupo de Escoteiros de Bom Despacho, da Associação Regional de Proteção Ambiental (Arpa3) e do professor Ronaldo Lúcio Ferreira, da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Bom Despacho (Unipac), já realizou o plantio de 1400 mudas. “Esta é uma semente para diagnosticar a situação e envolver os jovens”, define Marilene. 

Além do plantio de mudas, o projeto já realiza descidas ao leito do rio, para medir a qualidade da água em pontos georreferenciados. A Unipac providenciou a compra de mudas e os estudantes dos cursos de Engenharia Ambiental e Sanitária, Agronomia, Pedagogia e Serviço Social fazem as coletas, além de participar do plantio de espécies nativas.

Horta
Marilene não para. Além do monitoramento das mudas plantadas e da recuperação do rio, ela está construindo agora, na Escola Estadual Professor Wilson Lopes Couto, uma horta. “Assim, os estudantes podem ver na prática que, sem rio e água de qualidade, não há horta. Sem alimentos, não há desenvolvimento humano”, relata a professora. O terreno já foi preparado e o plantio começa agora no segundo semestre.

Depois de ver esse exemplo de sabedoria e trabalho em prol do ser humano temos que tirar o chapéu e seguir os passos da colega professora. Temos várias escolas municipais que poderiam cultivar hortas, além de desenvolverem projetos ambientais. Vai aqui uma dica: vamos preservar o Rio Picão e o Córrego do Bambé. Vamos colocar nossas crianças e adolescentes para preservar o que também é deles. Diretores, supervisores, professores e Secretaria Municipal de Educação vamos mostrar que Martinho Campos também tem consciência ambiental. A Rio +20 está aí para nos lembrar que precisamos melhorar nosso meio ambiente.

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