domingo, 12 de outubro de 2014

E me perguntaram sobre política

E me perguntaram sobre política: Por que você antes era Marina Silva e agora é Aécio Neves?
Sem pestanejar e, muito menos sem gaguejar respondi com uma história um pouco longa, mas verdadeira:
Sou uma pessoa engajada na política desde os tempos dos extintos MDB e ARENA. Já naquela época queria um Brasil melhor, mesmo sabendo que os militares dificilmente sairiam do poder. Minha formação (como a de tantos outros) foi em escolas públicas até terminar o segundo grau; de família pobre e, particularmente muito pobre, sempre presenciava meus familiares se beneficiando de algum programa de governo voltado para os mais carentes. Privilegiado com bons professores aprendi que na vida tudo se transforma, nada é realmente fixo e que o ser humano tem a capacidade de distinguir o que é bom e o que é errado.
Com muito sacrifício, trabalhando em todo tipo de serviço, adquiri conhecimentos e maturidade, podendo assim terminar minha faculdade e ser uma pessoa transformadora da sociedade (me formei professor). Enquanto isso , minha capacidade em escolher candidatos ia se desenvolvendo. Até que, em dado momento me candidatei a vereador de minha pequena cidade. Fui bem votado, ficando em nono lugar (o que daria uma vaga na câmara), porém , devido à legenda partidária fiquei apenas como suplente. 
Como professor , hoje tenho orgulho de falar, nunca ganhei dinheiro suficiente (nunca houve um prefeito e/ou governador que pagassem bem aos profissionais da educação), mas hoje vejo meus alunos todos bem formados e bem colocados (com raríssimas exceções), isso sim foi meu maior pagamento como "mestre".
Voltando à política e à pergunta me deparei com o quadro atual do Brasil: a miséria ainda existe (mesmo o governo falando que não), o professor é desvalorizado (a começar pelo governo federal que "inventou" um piso mixuruca -deveria ser o triplo) e não auxilia os estados e municípios que não têm condições de pagar; enriqueceu todos seus membros com dinheiro público e o pior: não oferece emprego há mais de cinco anos, ensejando que o Bolsa Família tudo resolve, resolve nada - todos querem salário digno, ou seja, emprego.
Não sou da esquerda nem da direita, sou a favor daqueles que irão melhorar o Brasil. Tinha minhas esperanças em Marina (que representava a real mudança), agora porém volto minhas fichas para o Aécio, pois o  governo atual  não é uma equipe de governo, mas sim uma facção ideológica prejudicial ao país.
Resumindo: vim de família pobre, sou funcionário público, sou professor e, sempre respeitando opiniões contrárias,  me orgulho de votar em Aécio.

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