domingo, 16 de novembro de 2014

O batizado do Tijão

Era o ano de 1944, acredito eu, e o Tio João nasceu. Naquele tempo, tempo de guerra mundial, havia muita confusão no mundo e o Brasil contava com seus pracinhas lá na Itália combatendo os países do Eixo. O país seguia seu caminho, rumo à liderança política e econômica da América do Sul e nossa querida Martinho Campos continuava bela, simples, pacata e feliz.
Tio João era um menino garboso , cheio de vida e muito alegre (até hoje). Parecia um boneco de pelúcia.
Naquele tempo era comum os pais não registrarem logo a criança, ficando pra depois e, quando acontecia, a criança já era bem grandinha, segundo contam os mais antigos. E foi assim com Tio João.
Mas o mais importante seria o batizado do Tijão. Era uma manhã de domingo, muito bonito, com sol escaldante e muitas pessoas na então Igreja do Rosário que ficava onde hoje está o Terminal Rodoviário de Martinho Campos.
Padre Marciano preparava a pia batismal e o povo ia se afunilando naquela Igreja no intuito de presenciar os batizados. Quando foi a vez do Tio João, o padre jogou a água nele e ele chorou que nem gente grande, aliás, que nem gente pequena! E chorava..... Foi a única criança que  chorou mais de cinco minutos naquele dia de batizados.
E o mais interessante foi que o tempo mudou e no resto do dia choveu de encher o Rio Picão.
Assim foi o batizado de Tijão.



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