quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Kaxixós incluídos

(Texto extraído do Diário oficial de Minas Gerais)
Estado abre edital para valorizar a cultura indígena A Secretaria de Cultura (SEC) lançou, na terça-feira (8), na Cidade Administrativa, o edital de Premiação das Festas Tradicionais das Comunidades Indígenas ou Grupos Tribais. Serão oferecidos R$ 195 mil em recursos, num processo desburocratizado e democrático. O montante será distribuí- do levando em consideração os povos indígenas aldeados, localizados nas diferentes regiões de Minas. As inscrições estão abertas até 9 de outubro. Durante o lançamento, o secretário da pasta, Angelo Oswaldo, destacou a importância da cultura para os povos indí- genas: “Acreditamos que pela força e energia da cultura, povos indígenas, como os pataxós, podem resgatar seus valores e ganhar a cada dia o devido e legítimo lugar. Este edital é apenas o início do nosso trabalho em prol desses, que trouxeram independência e identidade ao nosso País” Já o secretário de Trabalho e Desenvolvimento Social, André Quintão, reafirmou o total apoio do Governo Pimentel às comunidades indígenas, em todas as áreas, desde educação e saúde à inclusão produtiva. “Desde o início desta gestão, temos reforçado o diálogo com as comunidades indígenas e grupos tribais para, enfim, encontrar os caminhos corretos para o atendimento tão urgente às suas necessidades. Parabenizo a Secretaria de Cultura por encontrar, em uma forma democrática e sem burocracias, a maneira ideal de enaltecer essas manifestações culturais tão enraizadas na nossa história”, considerou o secretário. O cacique Mezaque Silva de Jesus, da etnia Pataxó, enalteceu a postura da nova gestão. “Hoje, percebemos realmente como o Governo mudou. Há tempos buscamos ajuda, incentivo e apoio do Estado para nossas ações, mas não havia diálogo, principalmente em relação às nossas expressões culturais, que mantêm viva até hoje a tradição dos povos indígenas. Este edital prova como o diálogo propícia a cria- ção de políticas e programas efetivos, como o Prêmio Comunidades Indígenas”, finalizou o cacique. O edital respeita os princípios da legalidade, isonomia e impessoalidade, uma vez que estará aberto para todos os povos indígenas aldeados e suas comunidades existentes em Minas Gerais. Serão premiadas festas tradicionais desses povos, de acordo com os critérios estabelecidos no edital, dando visibilidade às suas expressões culturais. 

Xakriabás - Estão localizados no município de São João das Missões, Norte, no Vale do Rio São Francisco, entre os rios Itacarambi e Peruaçu, na diocese de Januária. Sua população está estimada em aproximadamente 8 mil indígenas, distribu- ídos em 31 aldeias. 
Pataxós - Vivem na região do Vale do Aço, nos municípios de Carmésia, Guanhães, Açucena e em Itapecerica, na região Centro- -Oeste. Sua população é de aproximadamente 350 indígenas, distribuídos em seis aldeias. 
Maxacalis - Localizados na região do Vale do Mucuri, vivem nos municípios de Bertópolis, Ladainha, Teófilo Otoni e Santa Helena de Minas, com uma população de aproximadamente 1.700 pessoas.
Krenak - Esse povo indígena tem uma trajetória histórica de andanças entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, perseguido pelos colonizadores, mas sempre habitando a margem esquerda do Rio Doce. Vive no município de Resplendor e sua população é de aproximadamente 250 pessoas,
Kaxixó - Localizado no vale do Rio Pará, Centro-Oeste, este povo, há 20 anos, vem lutando pelo reconhecimento de suas terras tradicionais. Com uma população de 480 pessoas, os Kaxixós estão dispersos pelos municípios de Pompéu e Martinho Campos. 
Pankararús - Localizados no município de Coronel Murta, estão situados em duas áreas distintas. Parte do grupo vive numa área doada pela Diocese de Araçuaí e a outra criou a aldeia Cinta Vermelha Jundiba, formada com a presença do povo Pataxó, às margens do Rio Jequitinhonha, no município de Araçuaí. A população atual é de 89 pessoas nas duas aldeias.
Xukuru- Kariri - Originários de Pernambuco, esses indígenas conquistaram em 2001 uma faixa de terra no município de Caldas, na região Sul. A população é de aproximadamente 120 pessoas, sendo a maioria formada por jovens. 
Mukurim - Vive em pequenas áreas rurais localizadas no município de Itambacuri e Campanário, região do antigo aldeamento missionário dos Capuchinhos. Sua população é de cerca de 200 indígenas. 

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