sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Causo do "Virgulino"

Em tempos idos, aqui nas empoeiradas e barrentas ruas da Badia, nascera um cachorrinho miudinho, na fazenda da Lapa e ele foi, de presente, para o amigo Afrânio (Guinaldo da Emília Cançado).
Como ele gostava de ver o filme do Virgulino (homem brabo do Nordeste, de apelido Lampião), ganhou o nome do cangaceiro.
Virgulino era só alegria. Dormia numa caixa de sapatos e brincava o dia todo com seu dono, pelas ruas e praças da cidade, em especial a pracinha do Cemitério que era próxima a sua casa.
Resultado de imagem para cachorros que parecem virgulas
Uma das alegrias do "cãozinho" era atravessar a rua para ir até a venda do Aristídes (in memória) onde ganhava um pedaço de salame toda tarde.
Virgulino era também o xodó da molecada da rua, pois sabia mil e um truques e alegrava a todos.
Num belo dia, Virgulino , ao voltar de seu lanche na venda, foi surpreendido por uma caminhonete que atropelou o pobre coitado. Foi uma comoção só!
Todo choroso, o dono promoveu o enterro do cachorro que movimentou o bairro todo. O caixão foi improvisado por meio de uma caixa de "kichute" e, comovidos, os amigos da rua fizeram a procissão, da casa do Virgulino até a praça do Cemitèrio, onde enterramos o amiguinho.
Do lado da cova plantamos uma árvore de flor que existe até hoje e enfeita a pracinha.
Resultado de imagem para ilustração do enterro da cadelinha

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