Um dos pontos mais frequentados, à noite, em Ibitira, é o Bar do Gê. Um lugar para tomar aquela cerveja gelada, ouvir música antiga e saborear um bom tira-gosto. Com todo seu carisma o Gê atende aos fregueses com a alegria de sempre, típica da boa terra de Ibitira.
Ali no Bar Central, como é conhecido, aconteceram vários encontros que se tornariam casamentos. Já foi discoteca, restaurante e bar.
Lá, em uma certa ocasião, aconteceu um causo meio estranho.
Após uma viagem até Alberto Isaacson, voltava para Martinho Campos um famoso Deputado, majoritário aqui da região em companhia de seu fiel motorista, no meio da noite, quando, próximo ao primeiro quebra-molas de Ibitira atropelam um porco. O carro para e o Deputado manda o homem ir procurar um lugar que estivesse aberto para saber a quem o porco pertencia para ressarcir o prejuízo, compensando o dono. Meio com medo o pobre motorista sai pelas ruas de Ibitira a procurar algum lugar onde pudesse fazer a vontade do patrão.
Passada mais de uma hora, o motorista regressa, com o nó da gravata desfeito, camisa por fora com uns botões desapertados, charuto no canto da boca, garrafa na mão, marcas de batom na face e ar nitidamente relaxado. Diz o Deputado:
- Então?! Tanto tempo?! Que aconteceu?
O motorista:
- Olhe, foi fantástico! O dono do bar central convidou-me logo para entrar. Havia lá um churrasco, de modo que eu lá jantei. No fim o dono do bar me apresentou a uma moça muito bonita e namoramos muito. Quando resolvi voltar aqui o dono ofereceu-me esta garrafa e um dos frequentadores me presenteou com uma caixa de charutos. Foi fabuloso!
O Deputado ainda boquiaberto pergunta:
- Ai ai ai… Olha lá, o que é que você falou, para eles fazerem isso?
E respondeu o motorista:
- Eu só disse o que me mandou dizer! Cheguei lá e disse: Eu sou o motorista do Deputado e acabo de matar o porco…
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