Dias de chuva

Muitas pessoas ficam depressivas com o mal tempo ou dias de chuva, eu particularmente adoro! O que me deprime é o inverno, aquele misto de frio e sol ardido me deixa acabrunhado. Para mim a  chuva é como bálsamo para o corpo e alívio para a mente. Importante para a terra (sinal de boa colheita). Todavia, as  mesmas águas que trazem alegrias e fartura, também trazem destruição e tristezas para aqueles que vivem no concreto ou nas encostas de morros, em casas improvisadas ou favelas abandonadas pelo poder publico. Aqui em Martinho Campos quando chove é só alegria, acaba a poeira, o pasto brota, as plantações se desenvolvem e eu me enfio nos meus flashbacks, assisto a um  bom filme, como uma maçã de peito assada (tem que saber fazer) e escrevo para o abadiaemfoco, aproveitando  a chuvinha fina que cai. Já houve um tempo em que desejei morar em cidade grande, aqui na Badia não se tinha quase nada, mas hoje temos tudo o que uma cidade decente tem e com uma vantagem, fazemos nossos horários e vivemos longe do transito infernal que atormenta a todos, coisas que só quem vive aprende a valorizar. Hoje quando tenho que ir até mesmo a Bom Despacho, já saio de casa com o humor afetado, imaginando a falta de vaga para estacionar, o transito nervoso, o barulho e as malditas buzinas apressadas. Bom mesmo é o barulho da chuva no telhado e uma boa musica para viajar de volta aos bons tempos, reviver cada momento nos dá força para prosseguir neste mundo de meu Deus…

E, depois das mamães lavarem a roupa, manda mais água Senhor.....

Numa noite de chuva, pelas ruas da Badia

O Geriowaldo saiu uma noite dessas (chovendo pra burro) para a “night” de Martinho Campos e foi parar lá no Bar do Tião (antigo bar da Rosinha do Zé Doca). Tomou “talagadas” de conhaque Presidente e ficou bêbado, muito bêbado. Saiu cambaleando, debaixo do aguaceiro que caía, aprontando todas pela Av. Cel. Pedro Lino e quebrando tudo que via pela frente (lixeiras, portas e janellas, enfeites de Natal da Praça, etc). Logo em seguida dá de cara com a viatura da polícia militar. Quando dois policias descem da viatura, pegam o dito cujo e o levam preso. 

No dia seguinte o delegado pede para um dos policiais ir buscar o Geriowaldo na cela, e o policial leva o coitado diretamente na sala do delegado. 

O nosso bebum, de ressaca,  fica de frente a mesa da autoridade, o delegado dá o maior sermão nele e diz que antes dele ir embora quer lhe dar uma lição. O delegado pega um copo com água e outro com pinga e pega duas minhocas. 

Joga uma no copo com água e outra no copo de pinga. 

A minhoca que estava no copo com pinga morre e a que está no copo com água fica viva. 

O delegado olha pra cara do Geriowaldo, sacode a cabeça e diz: 

- Que exemplo você tira disso? 

O “Gê”: 

- É! Quem bebe não tem verme.

ATENÇÃO: o abadiaemfoco é totalmente contra o uso abusivo de álcool. O álcool prejudica o cérebro, o coração e o fígado e antecipa a morte.