Lembro-me de quando eu era mais jovem
(nem faz tanto tempo assim) e participava dos agitos do Tip Top. Era muito bom,
sempre me vem a lembrança das noites da Maria Cebola, da Porca e do Parafuso,
do Karaokê, das gincanas, concursos de danças (onde uma vez até fui campeão,
dançando – imaginem – Michael Jackson).
Era bem animada
a noite Tiptopeana, os rapazes sentados (alguns maiores tomando uma cerveja) as
meninas circulando, exibindo suas curvas e delicadezas, enfim aquele ambiente
de bailinho no salão.
Sucessos românticos como Lover Why, e
outros mais, com mensagens profundas, como Voa Liberdade (abaixo). Mas o que
valia era o ritmo, pois a grande maioria era analfabeta em inglês.
Por vezes um
corajoso se levantava e dirigia-se até uma menina convidá-la para dançar. Ou o
sujeito tomava uma tábua, isto é, um belo não, ou então, todo feliz, conduzia a
dama para a pista de dança.
É muito bom
lembrar: o rapaz colocava as mãos na cintura da menina, tentando aos poucos
aproximá-la dele, enquanto a menina colocava as duas mãos no tórax do mancebo,
travando os cotovelos de forma a ficar com os braços totalmente esticados para
mantê-lo longe. Quando, depois de umas duas músicas o rapaz conseguia se
aproximar da menina, digo aproximar, não encostar, então o cotovelo era
acionado e novamente mantinha-se a distância de um braço.
Sei que alguns
dos leitores devem estar rindo sozinhos ao se recordarem destas coisas.
Muitos casais
tiveram seu primeiro encontro lá, no salão do “Liga” (Tip Top).
Hoje não temos mais aquele salão, todavia há o baile da saudade,
realizado todo ano, tendo o grande Liga
como Dj e a galera todinha do Tip Top se encontrando e divertindo
novamente, como se fosse a primeira vez.
Que o baile deste ano seja
revitalizado, lembrando as boas músicas e as atrações que divertiam a todos.
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