Será que existe diferença entre ser de Martinho Campos ou
ser da Abadia (vulgo Badia). Você pode ser martinhocampense e abadiense ao
mesmo tempo?
Acredito que não. Martinho Campos é uma coisa mais formal,
mais didática, mais literária, enquanto Abadia é mais cotidiana, mais
ilustrativa e mais fraternal.
Ou seja, você pode ser luz, mas para você brilhar tem que
ter aquele tchan!
Nossa cidade realmente tem esse dilema. Temos um nome
oficial e outro nome popular (como muitas cidades), porém com destaque para
esse último que vive na boca do povo, na língua oficial daqui: o “Badiês”.
O “Badiês” é uma mistura de mineiro com paulista, é uma
língua falada inclusive pelos vizinhos que morrem de inveja de nossa
originalidade. Uma vez até falaram que o povo da Tabatinga (bairro de Bom
Despacho) teria um língua própria. Realmente tem, porém é uma língua indígena.
Já o nosso Badiês é único.
Onde mais se ouve “ Bertizaque, Bitira, Baeté, Beraba,
Berlândia, Sacodaerva, capãodozezinho, metade de meio ovo, oncotô....redoviária,
guardacumê (Geladeira)...”?
Nossa cultura espontânea realmente é muito rica. Tudo isso
ilustra nossa querida cidade conhecida por Badia. Já, em se tratando de Martinho Campos, viajamos
num mundo um pouco mais diferente.
E, observando a foto do senhor Martinho Campos, notamos a seriedade
do nome e a importância do mesmo. Por isso, para as coisas formais de nosso município usa-se
Martinho Campos, já para as demais usamos e abusamos de “Badia”.
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