"Artista de circo, que faz pilhérias e momices para divertir o público, pessoa que, por atos ou palavras, faz os outros rirem". É assim que o dicionário de língua portuguesa define o vocábulo palhaço. Na prática, quem já foi a um circo ou teve a oportunidade de assistir às brincadeiras desse artista numa praça ou na TV, sabe bem que essa simples definição não consegue transmitir toda a magia e a alegria que o palhaço proporciona. Em homenagem a este artista do riso, no dia 10 de dezembro comemora-se o dia universal do palhaço.
Com suas roupas coloridas e descombinadas, seu sapato de nadador, um nariz redondo e vermelho e a cara pintada, muitas vezes os palhaços não precisam sequer abrirem a boca para provocarem o riso. As brincadeiras são geralmente à base de mímicas, com trapalhadas, piruetas, tombos e pulos que animam qualquer espectador. São as crianças as que mais se divertem com as brincadeiras desse condutor de sonhos, compenetradas e imóveis elas conseguem embarcar na fantasia do circo e sorrirem com sinceridade a cada palhaçada.
Porém, esta figura tão forte na cultura popular também é responsável por traumas e medos. Paradoxalmente, as mesmas roupas coloridas e caras pintadas que causam felicidade são a causa da coulrofobia, ou fobia de palhaço. Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Sheffield, no Reino Unido, das 250 crianças de quatro a 16 anos que se encontravam hospitalizadas durante a realização do estudo, todas alegaram terem algum medo de palhaços e não gostarem de decorações baseadas em palhaços em seus quartos. Esse tipo de medo deve ser combatido pelos pais logo nos primeiros sinais, ajudando a criança a perceber que o palhaço é um artista que deseja o bem das pessoas.
Palhaços que fizeram história
No dia universal do palhaço não há como não se lembrar de alguns artistas que marcaram a vida de muitas crianças no Brasil e no mundo.
O palhaço Bozo é, sem dúvida, o primeiro nome que vem à cabeça de qualquer pessoa com mais de 20 anos de idade. Bozo foi um personagem criado em 1946 nos Estados Unidos por Alan Livingston, que fez um sucesso estrondoso em todo o mundo durante décadas. O sucesso foi tanto que um sistema de franquias foi criado para quem quisesse explorar o nome e o formato do programa de TV do palhaço norte-americano. No Brasil, Bozo era interpretado pelo comediante Wandeko Pipoca que conduzia um programa infantil regado a brincadeiras, músicas, sorteios, desenhos e encenações de personagens como a Vovó Mafalda, Bozolina e o professor Salci.
George Savalla Gomes, o palhaço Carequinha, deu início à sua carreira aos cinco anos de idade no circo da família sem saber que mais tarde se tornaria o palhaço mais popular brasileiro. Carequinha foi o primeiro artista circense fez sucesso na TV, seu programa foi pioneiro com o formato de atração infantil de auditório, no qual ele agitava a criançada com o bordão "tá certo ou não tá?". O sucesso de Carequinha foi tanto que fez com que ele gravasse 26 discos ao longo de sua carreira e participasse de diversos filmes. As músicas que mais se destacaram e que até hoje são conhecidas pelas crianças foram: "Sapo Cururu", "Marcha Soldado", "Escravos de Jó" e o "O Bom Menino". Carequinha faleceu aos 90 anos de idade em 5 de abril de 2006.
Existiram também os palhaços sem pintura característica, mas que não ficaram atrás no quesito gargalhadas. O grupo Trapalhões, que fez sucesso na TV e no cinema, arrancou inúmeros sorrisos de crianças e adultos que assistiam as palhaçadas de Didi Mocó, Mussum, Dedé Santana e Zacarias. O programa dos Trapalhões era estruturado em várias esquetes que representavam situações cômicas em que os protagonistas apostavam algo entre si (Didi sempre saía vitorioso) ou pregavam peças uns nos outros.
(Da net)
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