quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Martinho Campos - Terra do Eucalipto

Em nosso município se observa, no perímetro urbano e na zona rural , uma extensa área onde se cultiva o eucalipto. Buriti Grande, por exemplo, parece estar dentro de uma “moita” da tal planta.
Interessante é que há muita controvérsia no uso dessa monocultura. Uns são a favor e outros contra. O certo é que, em nossa Badia,  o eucalipto rende emprego a muitas pessoas direta e indiretamente.
Vamos ver um pouco dessa monocultura.
Há mais de 110 anos, eram plantadas no Brasil as primeiras mudas de eucalipto, trazidas por Navarro de Andrade, técnico da companhia paulista de estradas de ferro, no ano de 1903, tendo como objetivo principal contribuir com a produção de dormentes e de madeira. O Eucalipto é originário da Austrália e se adaptou muito bem no Brasil. Mas, desde que chegou, despertou críticas e mobilizou defensores.
Muitos apontam como principal desvantagem, o desequilíbrio do meio ambiente, e a drenagem dos solos, inclusive secando lagoas e nascentes. Ambientalistas, dos anos 80/90, alertavam que o avanço da monocultura do eucalipto poderia transformar áreas em deserto verde.
Já os ponderados amigos da madeira, foram em busca de pesquisas para derrubar a tatuagem de vilão atribuída ao eucalipto. Uma delas é que existem variedades nacionais como o cedro que consome mais água que o eucalipto, outra é que as raízes não ultrapassam dois  metros de profundidade para a busca de nutrientes. Mas a principal vantagem é que o eucalipto cresce muito rápido em relação a outros países, podendo minimizar a derrubada de árvores nativas.
Segundo os técnicos o eucalipto teve boa adaptação ao clima brasileiro, e sua média anual de  crescimento gira em média 25 metros cúbicos por hectare ao ano, bem superior ao dos Estados Unidos e África do Sul, que crescem 15 e 18 metros cúbicos respectivamente.
Uma ótima vantagem é que o agricultor pode vender suas árvores quando bem entender, se o preço não estiver bem num ano, deixa a árvore lá, e só corta quando encontrar um preço justo. Caso que não acontece com culturas temporárias.
Dentre as vantagens e desvantagens, existe um consenso, o manejo sustentável pois a monocultura é prejudicial como em qualquer outra cultura. No caso de plantio de eucalipto em pequenas propriedades, como dos agricultores familiares, a monocultura está descartada.
Do eucalipto nada se perde. Das folhas se extrai óleos essenciais para produtos fármacos, de higiene, limpeza e alimentos. As flores são ótimas para abelhas produzirem mel. Com a madeira em si, produz-se lenha, celulose e postes. A madeira cerrada é usada para fabricação de móveis, construção civil e outras aplicações.

Mais uma dos amigos Geriowaldo e Zé Cagueiteira

Numa noite bonita de abril, no longínquo ano de 1992, fomos eu, o Geriowaldo e o Zé Cagueiteira numa festa da Capelinha, que acontece, é claro, na Capelinha (zona rural de Martinho Campos Abadia).
Lá chegando, depois de passar pelo zoca (zocaliptos), entramos na barraquinha e, ao fundo musical da banda Nós 03 de Abaeté, pedimos uma rodada de Farrista e começamos a nos divertir. As meninas do Beirute (Buriti Grande) enfeitavam a festa e , é claro, ficamos conhecendo três delas.
Como o Geriowaldo estava animado (porque ele era feio pra burro e tinha arrumado uma namoradinha muito bonita na festa) tomou todas e saiu pro Zoca com sua namorada. Depois de duas horas volta a namorada do Geriowaldo, assustada, dizendo assim:
___My God (as meninas do Beirute gostam de falar inglês) O “Waldim”   se embrenhou no Zoca e eu perdi dele!!!!
Foi aquela confusão. Saímos todos atrás do Geriowaldo, no meio dos eucaliptos, preocupados com seu sumiço.
De repente, após andarmos mais de três quilômetros entre árvores gigantes deparamo-nos com o dito cujo todo machucado.
Com muito custo levantamos o abadiense herói e perguntamos o que tinha acontecido. O Geriowaldo, com aquela cara de deboche disse:
___ Foi nada não companheiros! É que eu vim aqui pra mode mostrar as estrelas pra minha morena; depois de nois deitar  e ficar preciano  o céu eu senti que tinha um vurto me zoiando por entre dois paus de zoca. Era um branquelo forte que ficava só observando. Então eu saí correndo atrais dele só pra assustar. Aí, quando eu cheguei perto dele ele começou a me bater e me batia, me batia tanto que, só consegui me salvar quando dei uma paulada (com um toco de eucalipto) na cabeça do desgracento.
Saímos então da mata e fomos embora, pois a festa tinha se  acabado para  nós. O pior aconteceu depois. Na segunda-feira bem cedo  um dos fazendeiros lá da Capelinha chega na casa do Geriowaldo trazendo a conta do boi nelore  que ele havia matado no sábado.
“Moral da história – Nunca vá para o Zoca embriagado, pois a vítima pode ser você”

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