Há um descompasso entre o tempo (linear, teórico e prático) do calendário político e a governança em si.
A busca de candidatos, a campanha e a eleição alavancaram uma melhora das projeções para Martinho Campos, numa vertente diferente dos últimos pleitos.
A recuperação da confiança em muitos candidatos fez com que nossa eleição fosse bem eclética e obtivemos um resultado, com o apoio e aval das principais correntes políticas do país.
Já a governança, aqui incluído o poder legislativo, é uma etapa diferente daquela acima mencionada, haja vista o descompasso já referido.
Quando do conhecimento, dos então eleitos, das realidades da cidade, o efeito é imediato e o trabalho fica à mercê das prioridades que, nem sempre, são aquelas elencadas na campanha.
Tenho observado, ao logo dos anos, que Martinho Campos é um município atípico, tendo em vista os mais de 5000 existentes no país, basta ver: temos um distrito (Ibitira) que é maior e mais populoso que dezenas de outros , Brasil afora; temos uma área total razoável, habitada por um povo de exigências múltiplas, inclusive um povoado com características de tribo indígena; as verbas que vêm para cá são divididas legalmente como para todos os outros; estamos estabelecidos no centro de uma região riquíssima e possuímos (dentro da sede) uma MG de tráfego intenso e perigoso;etc.
Por isso vejo tal descompasso entre o início, o meio e o fim do tempo da política.
Precisamos muito da união do povo em torno do poder público, ajudando, cobrando e participando deste poder.
Deixar a polarização de lado e focar mais no bem comum.
Precisamos buscar soluções práticas para as mazelas já existentes e diminuir a propensão de outras.
Reiterando outras falas aqui neste canal, acredito muito no potencial deste município. Martinho Campos pode ser mais Martinho Campos.
Vamos então dar as mãos e, juntos, fazer uma cidade melhor.
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