O período de estiagem ainda continua. E, às vésperas da
primavera, são anódinas as probabilidades de chuvas substanciais pra nossa
região.
Reflexo disso (e da má intervenção humana) o Açude Municipal
já demonstra sinais de cansaço e está à mercê do destino; transformado num
quadro mal pintado, o que outrora fora um cartão postal.
O Córrego do Bambé teima em correr, mesmo que seu líquido não lembre mais água, pois fora transformado numa via de esgoto a céu aberto.
E o nosso Rio Picão, um importante subafluente do São Francisco e fonte de abastecimento d’água para Martinho Campos, vai minguando e entristecendo a fauna e flora dos arredores do município, bem como os olhos humanos.
Um cenário constrangedor e medonho que assola nossa
realidade. É tempo não só de reflexão e críticas, mas também de ações por parte
de cada cidadão, pois a água pode sim terminar.
Há de se cobrar incessantemente das autoridades constituídas
por nós mesmos e responsáveis pelo zelo do meio ambiente.
Também se faz necessário provocar o Poder Judiciário para
intervir onde houver (e se comprovar) a omissão do poder público responsável
pelo bem comum da população.
Imprescindível, porém, é seguirmos todos, num mutirão de
solidariedade, a cartilha ambiental: - preservar as nascentes e cabeceiras; -
destinar corretamente o lixo doméstico e industrial; economizar água de toda maneira; não fazer
queimadas; não desmatar áreas sem licença; preservar as matas ciliares; plantar
árvores....etc. Só assim estancaremos este aspecto sombrio de “seca” em nossa
região.
Fora isso, enquanto as águas agonizam, vamos orar para que o
Céu, literalmente, interceda por nós e
faça chover em abundância o mais rápido possível.
(Crédito das fotos para Emilson Ramos, incansável batalhador das nobres causas do município)
(Crédito das fotos para Emilson Ramos, incansável batalhador das nobres causas do município)
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